Os militares em Mianmar têm estado sob forte pressão de grupos armados de resistência étnica em várias partes do país.
Os combates têm sido particularmente acirrados desde o final de outubro no leste do estado de Shan, na fronteira com a China.
“Houve mais de 154 bases e postos avançados dos militares de Mianmar ocupados pela Brother Alliance desde o início da operação.
“Estamos trabalhando nisso com a equipe”, disse um porta-voz do ISP Myanmar, um think tank não governamental, na terça-feira.
A aliança incluía três grupos: o Exército da Aliança Democrática Nacional de Mianmar, o Exército de Libertação Nacional Ta’ang e o Exército Arakan. Todos os três estão tradicionalmente próximos da China.
Num comunicado e noutros relatos da comunicação social, a Brother Alliance afirmou que também conseguiu capturar pelo menos seis pequenas cidades na região.
O porta-voz do MNDAA, Li Kyarwen, disse que pelo menos 150 soldados da junta governante foram mortos.
A informação não pôde inicialmente ser verificada de forma independente.
A ONU disse que dezenas de milhares de pessoas estão em fuga apenas na região fronteiriça. Muitos estão tentando chegar à China.
Os estados federais dos grupos armados em outros lugares, como o estado de Chin, na fronteira com a Índia e Bangladesh, e o estado de Karenni, no Extremo Oriente, também com a região de Sagaing.
Diz-se também que se levantaram contra os militares e tomaram várias cidades e postos militares.
Quase 450 soldados já depuseram as armas em vários pontos do país, noticiou o jornal The Irrawaddy.
“No entanto, o número real poderá ser maior, à medida que cada vez mais cargos na junta forem abandonados”, escreveu o jornal.
Tendo em conta o sucesso dos grupos de resistência, o presidente do estado em crise nomeado pela junta, Myint Swe, alertou há quase duas semanas que o país poderia desmoronar.
“Se o governo não lidar eficazmente com os incidentes na região fronteiriça, irá dividir o país em diferentes partes”, disse ele.
(dpa/NAN)